segunda-feira, 26 de julho de 2010

Escalabilidade "built-in"

Num momento em que muito se fala de Cloud Services, Cloud Computing, e em que começam a surgir muitas empresas a apostar forte nessa área, seria tolice não apanhar a onda e não analisar mais a fundo as várias opções actualmente existentes no mercado que podem suportar as necessidades infra-estruturais de um novo serviço web.

Em primeiro lugar, é de salientar que a utilização dos cloud services pode trazer grandes benefícios para um empreendedor em TIC:
- Redução das preocupações e do tempo despendido na gestão da infra-estutura de hardware e software (o fornecedor do serviço é que terá de ter esse trabalho); 
- Acesso a soluções profissionais (backups, storage, largura de banda...) com baixo custo, devido à larga escala;
- Modelo pay-as-you-go, sem necessidades de grande investimento inicial;
- Escalabilidade "built-in" = Fácil capacidade de expansão da infra-estrutura.

No entanto, nem todos os serviços "cloud" são iguais e muitos deles nem passam de uma mera virtualização de servidores físicos em servidores virtuais, o que dificulta um bocado a sua aplicabilidade, pois continuam a existir limites virtuais de memória, processamento, espaço em disco... e todas as preocupações de escalabilidade continuam presentes: necessidade de load-balancers,  algoritmos tolerantes a faltas... e por aí fora.

Em http://www.informationweek.com/news/software/hosted/showArticle.jhtml?articleID=210602537 são listadas algumas startups que estão a apostar nesta onda. Algumas delas, como a Kaavo ou a Elastra nem sequer são donos de uma cloud própria mas sim fornecem serviços de integração e disaster recovery para outras clouds como a da Amazon ou Google.

Os tipos de serviços disponibilizados por uma cloud são, geralmente:
- criação de máquinas virtuais;
- espaço em disco infinito;
- bases de dados estruturadas; 
- filas de mensagens;
- servidor web escalável até milhões de utilizadores em simultâneo;
- CDNs (Content Delivery Networks) que permite a disponibilização de conteúdos (ficheiros, vídeos, etc..) a partir de vários DataCenters espalhados pelo globo e sem perda de performance devido aos acessos em simultâneo dos vários utilizadores.

Estes serviços são pagos mensalmente (ex: $0.15 por GB por mês), tendo em conta a quantidade de dados transferida para dentro e fora da nossa conta, bem como a quantidade de dados guardados em disco. Apenas os servidores virtuais é que têm um modelo diferente, semelhante aos planos de alojamento web habituais: x por mês fixo, com limites de tráfego e disco.

Como escolher o fornecedor adequado para a nossa solução? 
Ou melhor, a pergunta pode até ser: 
Como definir a solução adequada tendo em conta os serviços prestados pelo fornecedor escolhido?

A forma mais correcta de responder a estas perguntas, passa por conhecer os vários serviços e planos de preços, bem como as limitações apresentadas caso a caso.

A resposta não é fácil. No entanto, vou tentar esclarecer alguns conceitos no próximo post para se delinear uma estratégia de adopção da cloud para o nosso projecto. 

Diverte-te!

domingo, 25 de julho de 2010

Ideias há muitas!

Por vezes pensamos que as nossas ideias têm tanto potencial, que a própria ideia em si vale uma quantia imensurável de dinheiro e, portanto, devemos tudo fazer para a proteger...

Na verdade vos digo: se uma ideia nunca passar de ideia para se tornar em algo concreto, o seu valor é muito pouco ou mesmo nulo.
Portanto, em vez de esconderes as tuas ideias, mostra-as ao mundo, partilha-as sem receio com os teus amigos e verás que essa atitude em vez de ser um risco (por te poderem "roubar" a ideia), pelo contrário, irá contribuir para a evolução da própria ideia, e o momentum criado irá trazer a motivação extra para que a ideia se torne em algo real.

Tornando-se em algo real, o seu valor cresce drasticamente, e aí sim podes pensar em proteger o "produto" através da criação de uma marca ou patente.

Mas nem todas as ideias se transformam em produtos vencedores. A mesma ideia pode inclusivamente ser concretizada de formas tão distintas por diferentes equipas que um produto pode ter um sucesso extraordinário e o outro não passar de um protótipo...

Derek Sivers, Presidente da HostBaby, apresenta este tema de uma forma bastante elucidativa no seu blog http://sivers.org/multiply

"It's so funny when I hear people so protective of ideas. (People who want me to sign an NDA to tell me the simplest idea.)

To me, ideas are worth nothing unless executed. They are just a multiplier. Execution is worth millions.

Explanation:

AWFUL IDEA = -1
WEAK IDEA = 1
SO-SO IDEA = 5
GOOD IDEA = 10
GREAT IDEA = 15
BRILLIANT IDEA = 20

NO EXECUTION = $1
WEAK EXECUTION = $1000
SO-SO EXECUTION = $10,000
GOOD EXECUTION = $100,000
GREAT EXECUTION = $1,000,000
BRILLIANT EXECUTION = $10,000,000

To make a business, you need to multiply the two.

The most brilliant idea, with no execution, is worth $20.
The most brilliant idea takes great execution to be worth $20,000,000.

That's why I don't want to hear people's ideas.

I'm not interested until I see their execution."

Em conclusão:
Ideias há muitas! Aposta na concretização!

Diverte-te!

terça-feira, 20 de julho de 2010

É mais fácil dar um passo noutra direcção...

...quando já se está a dar um passo em alguma direcção!

Foi com este pensamento que hoje acordei, e que fui mentalmente explorando ao longo do dia.

Por vezes pensamos que a partir do momento em que temos um plano bem definido e nos começamos a mexer de acordo com o planeado, devemos colocar "umas palas nos olhos" para esquecerrmos por completo as outras alternativas existentes e nos cingirmos ao plano. A verdade é que o acto de planear não passa de especulação ou adivinhação e só à medida que avançamos num projecto é que começamos a ter o conhecimento relevante que nos ajude a tomar decisões informadas.

Mudar de direcção durante o trajecto não é tão difícil assim. E, seguindo uma metodologia Agile, o resultado pode ir muito mais ao encontro das expectativas.

O que é difícil é ultrapassar a barreira da inércia inicial! Se planearmos logo de raiz fazer uma aplicação perfeita, com todos os detalhes explicitados ao milímetro, a barreira da inércia sobe; e torna-se um fardo para ultrapassar.
Se, em vez de planearmos tudo ao detalhe, formos gradualmente criando o conceito da aplicação (começando com algo muito simples e desenvolvendo apenas o que é mesmo essencial) a barreira da inércia torna-se apenas uma pedra no caminho, que podemos "chutar" para o lado sem grande dificuldade.

Num post anterior, apresentei a falta de entusiasmo como o inimigo nº1. Aqui, apresento a inércia como o inimigo nº2.

Como combater a inércia?
Bastam duas fases:

Fase 1 - Começar a mexer em qualquer direcção que seja mais fácil, directa, natural, motivante (mas mostrando logo algo como resultado, nem que sejam apenas uns drafts ou umas ideias gravadas em audio/video);

Fase 2 - Alinhar a direcção gradualmente, à medida que se vai avançando (através da gestão de prioridades, com remoção de excessos de ideias acumulados).

Esta é uma outra forma de ver o Agile. E é por isso que eu gosto.

Diverte-te!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A partir de agora também vais poder "postar" aqui

No último mês estivemos tão activos no google wave (a discutir ideias para mini-aplicações) que fui descurando a inserção de novos posts neste blog.

Não por falta de assunto (tenho um conjunto bem grande de temas em lista de espera) mas apenas porque 4horas por semana não dá para muito...

Para que isto não volte a acontecer (este blog ficar "parado" por 1 mês) resolvi tornar todos os elementos da equipa como "autores". Isto quer dizer que a partir de agora vais poder ser tu a "escolher o tema de debate" e dar a oportunidade aos outros elementos de comentar sobre esse tema.

Existem expectativas por discutir, metodologias por dar a conhecer, ferramentas por apresentar... Conto contigo para lançar um novo olhar sobre estes temas! (ou outros)

Envia-me um email com o email que pretendes usar para publicar neste blog. Também se aceitam OpenIDs! ;)

Diverte-te!